Um empresário de 39 anos foi preso no bairro Village da Luz, em Cachoeiro de Itapemirim, durante uma operação da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), com apoio do Exército Brasileiro. A ação ocorreu no dia 18 de dezembro e resultou na apreensão de 48 armas. Os detalhes foram divulgados nesta quinta-feira (26).
De acordo com a Polícia Civil, o homem foi autuado em flagrante por uso de documentos falsos, comércio ilegal de armas e associação para o tráfico. Ele utilizava documentação falsa para se passar por tenente do Exército e, com isso, conseguia importar armas, administrar um estande de tiro e justificar a comercialização de armamentos.
Esquema e fraudes descobertas
Investigações apontaram que o empresário vendia armas de forma ilegal para diversas regiões do país, especialmente para o Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Ele emitia documentos falsos tanto para iniciar os processos de compra quanto para registrar a entrega das armas aos compradores. O esquema incluía:
- Uso de documentos falsos para se identificar como militar e explorar atividades ligadas ao comércio de armas.
- Venda de armas com documentação fraudulenta para pessoas sem direito legal de posse.
- Comercialização de armas ainda em estoque com registros falsos de vendas futuras.
- Desvio de armas sem qualquer registro, verdadeiro ou falso, do estoque da loja.
Entre as 48 armas apreendidas, 14 já haviam sido entregues ilegalmente a compradores, sendo a maioria para o Rio de Janeiro. Algumas dessas pessoas possuem antecedentes criminais. Há também 12 armas que estavam em processo de venda com documentação falsificada e nove que saíram do estoque da loja sem registro algum.
Durante a fiscalização do Exército, o empresário apresentou documentos falsos supostamente expedidos pela instituição. Um dos casos que chamou atenção foi o de um fuzil adquirido de um profissional do sistema prisional. Esse profissional acreditava ter vendido o armamento de forma legal ao empresário, mas a investigação revelou que os documentos apresentados eram falsos. Questionado, o suspeito alegou que a arma estava em sua posse para manutenção, confirmando seu envolvimento consciente no esquema.
Após a constatação das fraudes, o Exército solicitou apoio à Polícia Civil, que prendeu o homem em flagrante. O estabelecimento comercial foi interditado, e as armas restantes foram apreendidas. Além disso, as contas bancárias do empresário foram bloqueadas, e seu sigilo bancário, quebrado.
A polícia continua investigando a origem das armas e as pessoas envolvidas na aquisição dos armamentos ilegais. Algumas delas já se apresentaram voluntariamente para devolver os itens adquiridos.
A Polícia Civil reforçou a importância da colaboração da sociedade e da imprensa para identificar outros compradores e recuperar mais armas vendidas ilegalmente. A investigação segue em andamento com o objetivo de desmantelar toda a rede criminosa associada ao empresário.
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Fonte do Conteudo: Luciana Máximo – www.espiritosantonoticias.com.br