Após três de implementação, o programa Linha de Cuidado de Sobrepeso e Obesidade, de Duque de Caxias, bateu a marca de mil cirurgias bariátricas realizadas no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), unidade de referência do município. O resultado, que foi atingido no dia 18 de setembro, é consequência de uma série de medidas tomadas pela prefeitura local, como ressaltou o diretor geral do hospital, Thiago Resende:
“Começamos em 2022 e hoje já chegamos à milésima cirurgia, com média de 27 cirurgias por mês. Somos unidade de referência porque o HMAPN tem estrutura de ponta e uma equipe preparada. E o acesso é simples: começa lá na unidade de saúde do bairro. De lá, o paciente é encaminhado pelo Sistema de Regulação até chegar aqui”, disse o médico.
Para se tonar uma unidade referencial, o HMAPN passou por reformas, contou com contratações de profissionais especializados e ganhou novos equipamentos, entre os quais: um sistema de videocirurgia 4k, tomógrafo com capacidade para atender pessoas com até 300kg; e um aparelho de ressonância magnética, com capacidade de até 350kg.
A sala de cirurgia bariátrica conta com mesas especiais, preparadas para receber pacientes de até 350kg. O ambulatório da unidade também foi adaptado e passou a contar com cadeiras destinadas a pacientes super obesos, além de ter recebido longarinas reforçadas para a área de espera.
O combate à obesidade sempre foi uma meta da Prefeitura de Duque de Caxias. As cirurgias bariátricas realizadas no hospital são submetidas ao Sistema Estadual de Regulação (SER-RJ). Para ser incluído no programa, o paciente deve ser encaminhado por uma unidade da Rede de Atenção Primária de saúde municipal, onde passa por acompanhamento nutricional, endocrinológico, psicológico e clínico – etapas importantes do tratamento, como destaca o coordenador do Departamento de Cirurgia Bariátrica, Luca Freire:
“A gente não cuida só da cirurgia. Por intermédio do programa, o paciente passa por acompanhamento com nutricionistas, dentistas, endocrinologistas, psicólogos, clínicos e cirurgiões. Para saber mais sobre esse cuidado que vem fazendo a diferença no dia a dia das pessoas é só se dirigir à unidade de saúde próxima a sua residência. Essa linha de cuidados já transformou mil vidas e vai transformar ainda mais”, afirmou Freire.
Moradora do bairro Figueira, Monica Oliveira, de 38 anos, teve a sua vida transformada pela cirurgia:
“O meu maior medo era de não poder ver meus filhos crescerem, porque minha saúde era muito debilitada por conta da obesidade. Fiz várias dietas, reeducação alimentar, mas nada dava certo. Eu pesava 110 quilos, tinha muitas dores na coluna e nas pernas, e isso me impedia também de fazer exercícios físicos. Hoje estou com 75 quilos e sigo em acompanhamento. Eu sou uma nova pessoa, com nova rotina, qualidade de vida, autoestima e, principalmente, com sonhos a realizar!”, celebrou Monica.
Fonte do Conteudo: Patricia Lima – diariodorio.com
