Filomena viveu um dia de medo, agonia e se pergunta: E a nossa história?
A Escola Estadual Professora Filomena Quitiba, no coração da Cidade das Conchas — e no coração das famílias piumenses — passou por momentos de muito medo na tarde da última sexta-feira, dia 25.
E não era para ter sentido esse medo… Os alunos estão apaixonados pelo novo momento que a escola vive. Todos nós estamos encantados com cada canto renovado.
Bum! Bum, bum!
Chutes e mais chutes no portão.
Ele não aguenta e cai no chão.
Pou! Uma bomba. Pou! Outra bomba. Pou! Pou! Pou! — é bomba!!!
Páááá! Explode um vaso na parede da sala do diretor.
Meu Deus, o que está acontecendo?
Logo agora, quando estamos todos orgulhosos das mensagens que nos cercam na entrada: frases de respeito, tolerância, amor às diferenças, amor aos diferentes, amor às mulheres e a toda nossa diversidade.
Ah, a biblioteca… que vontade de ficar lá por horas, lendo um pouco mais de Fabiani Taylor, Tânia Estrela, Leonardo Bouguignon, Cristiano Bodart — nossos estimados autores que passaram por ali, deixando um pedaço de si.
Chama a polícia!!!
“Professor, o que está acontecendo? Vão matar a todos nós?” — posso imaginar a aflição dos estudantes, em pleno horário vespertino.
Quem está fazendo isso?
Quem? Por quê?
“Ah”, comentou um aluno, “é o estudante… o mesmo de ontem, de anteontem, daquele dia em que a professora passou mal.”
Os vizinhos, ao lado e em frente à escola, também estavam apavorados.
“Chama a Polícia Militar!”, pensou a moça do laboratório.
O senhor que vende chá exclamou: “Ele vai entrar e atirar em todo mundo!”
Mas por que esse garoto está tão agitado?
Ele está medicado? Está sendo acompanhado?
Será que a família acha que ele pode fazer o que quiser, quando quiser?
Quem lhe deu dinheiro para comprar bombas?
E se fosse uma arma de fogo?
Filomena Quitiba, nós conhecemos a sua história — e, com todo respeito, isso não vai ficar assim.
O Conselho Tutelar já foi avisado.
A Polícia Militar não pode ser afrontada; ela é quem nos dá proteção na hora do medo. Ela estava lá.
Dr. Promotor, o senhor conhece a história da escola.
Nossa amada Filomena não merece passar por isso — nem virar manchete de jornal por uma pauta assim.
Vai virar manchete, sim, mas pelo seu novo momento: radiante.
Não há piumense que não saiba o quanto a Filomena Quitiba é valiosa para nossa memória — é o nosso patrimônio vivo.
Seus corredores já viram gerações de piumenses crescerem, aprenderem, sonharem.
Não, Filomena, não!
Você não vai carregar nos seus ombros o peso que não te pertence.
Cada família com a sua responsabilidade!
É perceptível — para quem quer ver — que muitos responsáveis acabam confundindo os deveres da escola e tentando transferir aos professores aquilo que deveria nascer dentro de casa: respeito, limite, cuidado.
Quando a família se ausenta e delega à escola tarefas que são suas, o sistema, inevitavelmente, começa a falhar.
Sim, a escola tem o dever de acolher e educar todos os seus estudantes.
Mas também tem o dever de protegê-los.
E proteger, às vezes, é ensinar que existem regras, existem limites, que a convivência precisa ser aprendida.
Em casos necessários, para garantir a segurança de todos, é papel da escola acionar a polícia — sim, é isso mesmo —, garantindo a ordem e a proteção da comunidade escolar.
Sem essa de passar pano pra menino grande malcriado.
Casos isolados, ainda que barulhentos, não podem — e não devem — apagar o trabalho árduo de uma equipe que, há anos, se dedica a promover educação de qualidade para os piumenses.
O Filomena é feito de gente que acredita na transformação pelo conhecimento.
De professores que plantam esperança.
De alunos que sonham alto, mesmo com os pés ainda pequenos.
Porque, em Piúma, a gente sabe:
o vento leva as notícias, mas também espalha as sementes de quem persiste.
E o Filomena Quitiba segue firme, semeando futuro. Quesusto, hein Filomena!
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Fonte do Conteudo: Luciana Máximo – www.espiritosantonoticias.com.br